segunda-feira, 5 de setembro de 2011

1º dia do X Graduação em Campo

O primeiro dia  do X Graduação em Campo: Seminários de Antropologia Urbana, evento realizado pelo Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo, teve em seu primeiro dia de atividades a presença do Profº. Dr. José Guilherme C. Magnani(USP) e do Profº. Dr. Peter Henry Fry (UFRJ).
Magnani apresentou a trajetória do NAU, discutiu a importância da pesquisa no âmbito da Antropologia e ressaltou a relevância de se realizar um evento que valorize a graduação, sobretudo em Ciências Sociais, no Brasil.

O Graduação em Campo é um evento realizado pelos alunos -  e para os alunos de graduação -  e conta com o apoio do Departamento de Antropologia da USP. Os graduandos experienciam a elaboração de um evento, hoje de âmbito nacional, e desenvolvem atividades que os possibilitam entrar em contato com as diversas instâncias administrativas da Universidade. A graduação é o ponto-chave de iniciação da esfera acadêmica e consiste no abrir dos horizontes na carreira científica.

A conferência de abertura do evento foi proferida pelo Profº. Dr. Peter Henry Fry da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) que partilhou sua vasta experiência no campo da Antropologia no Brasil. Fry apresentou sua fala e fez relatos sobre sua experiência de campo. Demonstrando os pontos positivos,a abertura de novas possibilidades de pesquisa e experiências de vida enquanto antropólogo, e os negativos, impasses e impedimentos metodológicos - que nem sempre são tão negativos quanto parecem - Fry foi abordando pontos de sua carreira de antropólogo relembrando caros conceitos antropológicos.

A imponderabilidade da vida social foi o mote da fala de Fry. Malinowski, autor clássico no campo da Antropologia Social, foi (re)lembrado pelo fato de ter servido de inspiração,além de Boas, na carreira acadêmica do antropólogo. Ao longo de sua fala, Fry demonstrou que há certos momentos do e no fazer antropológico que não podem ser premeditados nem evitados. Os desvios e interstícios do trabalho de campo,algumas vezes, podem nos levar a caminhos que são desconhecidos e perigosos,mas que podem se mostram promissores e inovadores.

O Núcleo de Estudos Urbanos da Universidade Federal do Amazonas - NEU/UFAM continua sua empreitada na capital paulista e pretende estabelecer diálogo profícuo com o Núcleo de Antropologia Urbana - NAU/USP. O esforço é claro e a nossa tarefa ainda está somente começando.

Juliana de N. Gomes Sarmento
Rodrigo Barbosa Duarte

NEU no X Graduação em Campo

O Núcleo de Estudos Urbanos - NEU/UFAM participa nesta primeira semana do mês de Setembro do X Graduação em Campo - Seminários de Antropologia Urbana realizado pelo Núcleo de Antropologia da Universidade de São Paulo. 
O NAU/USP é um núcleo de pesquisa que se dedica a estudar a cidade e a dinâmica urbana na cidade de São Paulo. Ao longo de duas décadas, o NAU reúne um acervo de mais de 530 trabalhos finais de alunos de graduação que trazem informações sobre a cidade de São Paulo sob o foco da Antropologia Urbana. A coordenação do NAU fica a cargo do Profº. Dr. José Guilherme Cantor Magnani e conta com mais de trinta outros pesquisadores, graduandos, pós graduandos e pesquisadores associados.
O Graduação em Campo: Seminários de Antropologia Urbana é um evento de âmbito nacional, realizado desde 2002. A iniciativa é destinada a valorizar o trabalhos e pesquisas realizados pelos alunos de graduação em Ciências Sociais da Universidade de São Paulo e, atualmente, recebe trabalhos de graduandos de outras universidades do país. O Graduação em Campo chega a sua décima edição e foi o primeiro de seu gênero no Brasil.
Neste primeiro dia de atividades,  o X GeC realizará exposição de filmes etnográficos, apresentação do NAU pelo Profº. Dr. José Guilherme C. Magnani(USP) à tarde. No início da noite haverá conferência realizada pelo Profº. Dr. Peter Henry Fry ( UFRJ).
O Núcleo de Estudos Urbanos da Universidade Federal do Amazonas, na inciativa de estabelecer diálogo acadêmico entre duas grandes universidades, vem a São Paulo para participar do evento, acompanhar o andamento das atividades acadêmicas no esforço de constituir laços e estabelecer trocas no que tange a temática de ambos os centros de pesquisa.


Representantes:
Juliana de N. Gomes Sarmento.
Rodrigo Barbosa Duarte.


.http://n-a-u.org/?p=441 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Convite!

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social- PPGAS/UFAM, convida a todos os interessados a participarem da Aula Inaugural com Roy Wagner!!

Nós do NEU, aproveitamos para reforçar o convite e convidar a todos que se sintam interessados!!

AULA INAUGURAL-
ROY WAGNER (UNIVERSIDADE DE VIRGINIA/EUA)
Data: 04 de agosto de 2011
Horário: 9:00 h
Local: ICHL/UFAM


 Roy Wagner nasceu em Cleveland, Ohio, em 1938. Estudou astronomia, literatura inglesa e história entre 1957 e 1961 na Universidade de Harvard, recebendo um B. A. em História Medieval em 1961. Ingressou em seguida na pós-graduação em antropologia na Universidade de Chicago, orientado por David M. Schneider. Iniciou seu trabalho de campo entre os Daribi no monte Karimui, na Nova Guiné, no final de 1963, onde permaneceu até o começo de 1965. Em 1966 recebeu o título de PhD em antropologia, publicando um ano mais tarde a monografia The Curse of Souw, dedicada aos princípios daribi de definição de clã e aliança, e, em 1972, Habu, sobre a inovação de significado na religião daribi, resultado de mais uma estadia em campo, de julho de 1968 a maio de 1969.

A partir da etnografia daribi, Wagner desenvolveu uma teoria geral sobre a invenção de significado e sobre a noção de cultura, publicada em A invenção da cultura em 1975, obra que ganhou nova edição revista e ampliada em 1981. Entre 1979 e 1983, retomou a pesquisa de campo, dessa vez entre os Usen Barok, na província da Nova Irlanda, na Papua Nova Guiné, totalizando uma estadia de dez meses. Em 2000 voltou a visitar a área por mais um mês e meio.

Wagner foi professor na universidade de Southern Illinois (1966-68) e de Northwestern (1968-74). Em 1974, foi convidado a assumir a chefia do departamento de Antropologia da Universidade da Virginia, onde ensina até hoje. Deu conferências nas Universidades de Bergen, na Noruega, e Helsinki, na Finlândia, e na École des Hautes Études en Sciences Sociales em Paris. Mora em Charlottesville, Virginia.

sábado, 9 de julho de 2011

Manaus em Discussão

Mesa Redonda – Cidades na Amazônia


No dia 15 de Junho de 2011 realizou-se uma mesa redonda, intitulado “Cidades na Amazônia” com três importantes autores que desenvolvem estudos relacionados à cidade de Manaus e ao processo urbano na Amazônia, Edinéia Dias, Otoni Mesquita e Tatiana Schor, o encontro ocorreu na Universidade Federal do Amazonas, a partir das 09h contou com a presença de discentes de graduação, mais especificamente os alunos das disciplinas Sociologia Urbana e Antropologia Urbana, dos alunos de pós-graduação, as anfitriãs da mesa foram Professora Doutora Izabel Valle e a Professora Doutora Márcia Calderipe.

Figura 1 Maria Izabel e Márcia Calderipe. Foto: Jatobá, 2011



A Ilusão do Fausto

                Figura 2 Abertura da Mesa Redonda Cidades Na Amazônia. Foto: Jatobá, 2011



Edinéia Dias abriu a discussão expondo seus argumentos a partir de sua obra “A Ilusão do Fausto: Manaus, 1890-1920”, essa obra de grande importância para a história da cidade de Manaus, apresenta a cidade sob vários aspectos um deles se encontra a partir do discurso oficial, ou seja, a partir dos registros oficiais da época que apontava para uma cidade próspera, sem problemas sociais, ou marcada por desigualdade, o discurso enfeitado pelo sabor do ouro verde que a borracha proporcionava na época, apenas enaltecia o processo de urbanização da cidade, durante o período próspero da borracha.
“A virgem de luxo”, no entanto, era apenas uma faceta da cidade, uma face maquiada e bem construída, reforçada pelos discursos oficiais da época, Edinéia relata a dificuldade de perceber o contraditório a partir dos registros oficiais, a partir dos dados empoeirados e de difícil acesso, demonstrando assim o quão difícil foi pesquisar a respeito, no momento seguinte a professora Edinéia passa a discorrer um pouco a respeito da cidade por traz desse discurso, onde existem diferenças sociais marcantes, onde o processo de segregação é extremamente demarcado. Ela percebe comparando os dados a respeito das epidemias durante o período, quem eram as pessoas que possuíam recursos para se tratar, quem eram as pessoas que morriam, todos esses questionamentos são levantados. A autora procura ser sucinta respondendo que a cidade luxuosa é somente para aqueles de boas condições políticas e financeiras, a população que não se adapta é jogada para o entorno da cidade, onde não há eletricidade, não há ruas urbanizadas, onde não se tem acesso a educação ou saúde.

Figura 3 Mesa Redonda Edineia Dias. Foto: Jatobá, 2011

Compreendendo que a partir do discurso da autora, pode-se perceber uma cidade muilti-faceada, onde círculos sociais são formados diante das condições econômicas e políticas que estão apresentadas, alguns círculos com direito a “cidade da belle époque”, com seus palacetes e seus boulevards, outros tendo que viver em constante luta com a natureza, afastado do centro luxuoso. Assim Edinéia nos ajuda a entender de que forma eram traçadas as relações dentro do meio urbano durante esse período, a cidade que procurava afirma-se para os de fora era a mesma que expulsava os pobres e desfavorecidos de dentro. Que conseqüentemente produz duas cidades dentro de uma mesma cidade, isso não parece tão contraditório se analisarmos que a cidade é marcada por circuitos, por grupos sociais que atuam de forma diversificada a partir de seus interesses e a partir de condições sociais impostas a estes.
Os estivadores ganham um papel de análise importante, pois esses trabalhadores ganhavam a vida de modo extremamente difícil, ganhando pouco dinheiro em relação ao custo de vida na cidade, conseqüentemente pelo custo de moradia ser extremamente caro, tinha que procurar outros espaços para estabelecer moradias, esses locais tinham condições precárias para se viver, levando a doenças e epidemias, pela falta de acesso a hospitais, que se encontravam distantes, os moradores dessas regiões menos favorecidas morriam em conseqüência das doenças.



Figura 4 A cidade do discurso e a cidade que existe. Foto: Jatobá, 2011

La Belle Vitrine: Manaus entre dois tempos (1890-1900)


Figura 5 Otoni Mesquita. Foto: Jatobá, 2011

O professor Otoni Mesquita a partir do discurso da professora Edinéia, desenvolveu um pouco mais sobre as questões urbanas que envolviam o processo de urbanização na cidade de Manaus durante o final do século XIX, o autor procurou desenvolver sua fala a partir do caminho percorrido pela pesquisa, nota-se que tanto Otoni quanto Edinéia, tiveram as mesmas dificuldades em conseguir informações, tanto que Otoni descobriu certos registros somente no Rio de Janeiro, devido à dificuldade em se ter acessos a registros locais.
Otoni procura compreender os aspectos arquitetônicos que são constituídos na cidade de Manaus no final do século XIX a partir dos aspectos culturais que envolviam as cidades durante o período estipulado pela sua pesquisa, o planejamento arquitetônico da cidade nesse período passou pela assimilação dos modelos europeus, a arquitetura procura reproduzir os mesmos designes encontrados em países como Itália, França e Inglaterra, as ruas e os espaços públicos, os prédios e as residências, durante esse período do ciclo da borracha a cidade necessitava embelezar-se segundo o modelo estrangeiro, tudo que afetasse a estética desse modelo histórico pré-estabelecido era modificado ou excluído, igarapés era aterrados, morros nivelados e os moradores que não adequavam suas casas, eram excluídos para os bairros de Cachoeira, São Raimundo, Mocó ou Constantinopla.
Otoni também percebeu as contradições entre os registros oficiais dados e as configurações reais da cidade durante esse período, constatando uma cidade onde existiam excluídos, sendo levados a bairros sem planejamento algum ou acesso aos recursos da cidade. Ao mesmo tempo em que nota-se obras de extremo luxo sendo realizadas no centro da cidade, onde se concentrava a elite dominante da cidade, a cidade cresce de costas para o rio, no entanto, as forças políticas e econômicas se encontram no centro, próximas de praças e prédios, a vista de todos.
O policiamento é considerado um dos melhores do país, tanto que os registros contam com uma força policial extensa para o numero oficial de moradores, talvez isso se dê para o controle dos moradores não oficiais, já que os números estatísticos das epidemias do período, do atendimento de saúde apontam uma distorção nesses registros.
Em seu discurso desenvolvido a partir de sua análise questionou a relação do Estado com construção simbólica dos espaços da cidade, a cidade se constrói, se significa a partir dessa relação que influencia o próprio projeto urbanista de uma determinada localidade, cada recorte representa uma momento histórico da cidade, onde existiam forças políticas e sociais atuando constantemente, quer para o planejamento, quer para o não-planejamento da cidade, o Estado interfere drasticamente nessa relação, muitas vezes cerceando acesso e limitando recursos, no entanto existem forças de ordem sociais e culturais que também auxiliando na construção do quadro urbano, um dos exemplos citado são das barracas ao redor do biblioteca pública da cidade, se por um lado a biblioteca pública representa um patrimônio municipal e estadual, tendo que se ter um certo respeito, também as pessoas que traçam suas relações no entorno da biblioteca o fazem dando um outro sentindo aquele espaço, não como um espaço patrimonial, mas de relação econômica, onde o prédio da biblioteca se torna apenas um objeto de cena.
Otoni trata de significado cultural dos espaços, a cidade ganha forma na medida em que as pessoas que nela habitam dão essa forma, quer seja na reforma do quarto do seu “José”, quer seja na construção de praças como a Praça Senador Jefferson Peres, a apropriação dos espaços se dá a partir dessas representações construídas pelos sujeitos, conseqüentemente se materializando no projeto arquitetônico, dos bairros, dos prédios, das ruas, a cidade conta sua história aos poucos, e a história se modifica a partir das pessoas que contam essas histórias, a interpretação do quadro social passa por sentimentos, racionalidades e relações traçadas dentro do contexto urbano. A vida de um determinado espaço ou localidade se dá na medida em que os sujeitos proporcionam a vida, nesse sentido Otoni realizou uma análise mais profunda que interliga os sujeitos a efetividade de seu pensamento na forma realizada da matéria, ou seja, nas construções de casas, prédios, ruas; e também procura compreender as condições subjetivas que ajudam a construir esse mosaico ideológico que compõe os sujeitos.




Figura 6. Otoni Mesquita La Belle Vitrine.  Foto: Jatobá, 2011

Redes Urbanas




Figura 7 Tatiana Schor. Foto: Jatobá, 2011

Tatiana Schor trouxe para discussão outras perspectivas de cidade na Amazônia, a partir do seu trabalho desenvolvido nas calhas do Rio Amazonas, nos propõe um olhar diferenciado as respeito das redes urbanas que compõe as cidades do interior do Estado. A sua perspectiva traz a nossa reflexão a respeito de como se estabelecem as relações entre as cidades e comunidades do interior, a pesquisa durou mais de 10 anos e junta informações a respeito da economia, dados estatísticos e registros a respeito dos aspectos sócio-geográficos nessas cidades.
Sua análise transpõe as relações econômicas traçadas entre as próprias cidades, as redes que se mantêm independentes, cidades que possuem uma organização que conseguem manter-se somente com a rede urbana estabelecida entre a cidade e suas comunidades, não dependendo de rede nenhuma para manter suas relações, como o caso de Coari, isso proporcionando a cidade certa ascensão no quadro político estadual e econômico, também trabalhou redes interdependentes, que se formam a partir das necessidades que as políticas públicas deixam de lado, como de troca de mercadorias, associações políticas e transações econômicas, onde cada cidade é parte fundamental e funcional para que a rede mantenha-se funcionando e influenciando inclusive em outras redes urbanas que se formam ao longo do rio.
Propõe que se pense na articulação social desenvolvida dentro das cidades, na medida em que as relações são estabelecidas, de que forma o trânsito de pessoas ocorre, as questões territoriais são estabelecidas, e mesmo as relações culturais que tornam possível que a rede mantenha-se funcionando independentemente de fatores externos a ela, ao mesmo tempo em que se percebe de que formas as pessoas que vivem próximas a floresta constroem uma lógica de relação ao mesmo tempo urbana e ambiental. Assim dessa forma Tatiana Schor expõe as preocupações da próxima etapa do trabalho nessas redes. Sua preocupação passa a ser mais cultural e com os hábitos, de que forma são articulados novos saberes, novos modos de comportamento nos moradores dessas redes.



Figura 8 Tatiana Schor Redes Urbanas. Foto: Jatobá, 2011



Figura 9 Mesa Redonda Cidades da Amazônia. Foto: Jatobá, 2011

Os três olhares que os professores nos trouxeram nos proporciona uma ampliação do olhar urbano, seja historicamente, arquitetonicamente ou geograficamente, cada um buscou em seu trabalho compreender o complexo conjunto que compõe as redes urbanas e a própria urbanidade dentro da Amazônia, as características peculiares que foram fundamentais para o desenvolvimento das cidades ao longo do rio.
A relação dos indivíduos que se encontram nesse contexto com o ambiente que o cerca, com a natureza, o asfalto e a floresta, os prédios e massa verde que compõe a floresta amazônica, os problemas sociais que isso acarreta e ao mesmo tempo a beleza de uma postura que junta vida urbana e ambiente, procurando conciliar, não de forma passiva, muitas vezes de forma conflituosa, mas que compõe também uma parcela dos seres humanos que vivem nesse contexto.
Esta mesa redonda nos proporcionou um espaço para compreender as características especificas que a cidade de Manaus traz em sua formação, desde questões mais objetivas como subjetivas, que transpassam o concreto que constrói os prédios e avenidas, mas que dar sentido a vida das pessoas que nela habitam que compõe as relações das pessoas.
A cidade é o foco de observação para se entender o homem em constante movimento.


Abrimos espaço a todos que queiram contribuir frente a esta questão. Envio de fotos, comentários, artigos, resenhas, poemas, músicas e etc, tudo que trate a preocupação e ligação com as questões urbanas, podem ser divulgadas neste blog. Para envio de materiais contate nosso e-mail: neu.ufam@gmail.com

Por, Israel Pinheiro
Foto: Lucas Jatobá, 2011.






terça-feira, 28 de junho de 2011

Boas Vindas!!


O Núcleo de Estudos Urbanos, Manaus/Amazonas está tomando corpo, e com mais este meio de divulgação e participação com todos os interessados em discutir a questão da cidade, do urbano e as formas com que esta questão está inserida na sociedade e sua crucial importância. Criando possibilidades para discutir, contribuir, compreender, inserir, desvendar e o que mais estiver ao nosso dispor e vontade em dialogar com a cidade.

Por muitas vezes os estudos em diversas áreas foram e/ou estão voltados para o estudo do "outro". Por muitas vezes as grandes questões inseridas ao nosso redor são deixadas de lado, buscando compreender e desvendar a forma que o "outro" tem em viver em sociedade, sua cultura, leis, território e tudo mais que está inserido na forma em que se mantém uma sociedade viva. 

Porém, nossa proposta é olhar para "nós", não deixando de dialogar com o "outro". Existem diversas formas e modos de vida inseridos na sociedade urbana. Grupos sociais que compreendem suas próprias normas, sua cultura, que ao mesmo tempo irá dialogar com outras. A forma que um grupo é capaz de defender uma identidade, e assim, acolher indivíduos que adotam esta forma de vida, e todas as outras ligações que estão inseridas na sociedade urbana, o dialogo de "um" com "muitos" formando assim, o "nós".

A proposta do NEU é discutir esta questão e levar em consideração tudo que está em nossa volta. Pensar cidade, pensar o urbano é essencial, sendo necessário uma conversa entre as Ciências, desde Humanas a Biológicas e Exatas. As Ciências Sociais são de extrema necessidade neste dialogo, pois, é através delas que podemos levar em consideração diversas preocupações que não vemos com freqüência junto a outras. Porém, com a contribuição de todas podemos assim vislumbrar a compreensão e assim, contribuirmos de forma positiva para as sociedades em geral. 

Abrimos espaço a todos que queiram contribuir frente a esta questão. Envio de fotos, comentários, artigos, resenhas, poemas, músicas e etc, tudo que trate a preocupação e ligação com as questões urbanas, podem ser divulgadas neste blog. Para envio de materiais contate nosso e-mail: neu.ufam@gmail.com

Por, Juliana Sarmento.
Foto: Guma, 2010.
Vídeo: Kamau e Instituto, Poesia de Concreto.